Uma boa gestão da agenda do juiz traz ganhos de eficácia.
É comum ouvir-se que os advogados são os responsáveis pelos atrasos dos processos e adiamentos das diligências judiciais, mas sempre se dirá que bastantes vezes os atrasos se devem a más práticas do tribunal, de que é exemplo uma gestão negligente da agenda do juiz.
Ao marcar data para julgamento o tribunal vai reforçar as expectativas e os anseios dos interessados quanto ao desfecho dos casos. Uma boa gestão de agenda do juiz traz ganhos de eficácia, qualidade e celeridade processual, em vez de adiamentos injustificados. Deve fazer parte da bagagem técnica do juiz uma mentalidade respeitadora do cidadão para assegurar o efetivo e escrupuloso exercício dos direitos dos utentes da justiça. A formação no CEJ deverá ter uma perspetiva prática e pragmática abarcando as pequenas rotinas da vida do juiz, como a gestão da agenda, pois a melhoria da qualidade e celeridade da justiça também se faz com boas práticas de gestão processual. A marcação séria e consciente de atos judiciais é possível quando o juiz interioriza e incorpora no seu ADN a importância social do serviço público que presta.