Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar." Quem não recordará este verso do poema? Urge, então, dar-lhe vida. Hoje, a crise dos refugiados convoca-nos, por mais longe que julguemos estar, geográfica, religiosa ou culturalmente. Sejam do Magrebe, da África subsariana, do Médio Oriente ou do bairro vizinho, todos exigem a nossa presença e ação solidária. Para que possamos viver numa terra em que a dignidade da pessoa seja o húmus em que todos os direitos vão beber o seu fundamento. Não podemos permitir o que o arcebispo de Olinda e Recife, D. Hélder Câmara, referiu como o "escândalo dos infra-homens". Não, ontem já era muito tarde…
Ainda há esperança: sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação, como diz o artigo 2º da declaração Universal dos Direitos do Homem, demos corpo à civilização, lutando contra a barbárie. A Associação de Advogados sem Fronteiras de Língua Portuguesa (ADVSF) prestará, no âmbito da defesa dos Direitos Humanos, todo o apoio a quem da sua ação necessite.
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