A saber, o Zika, o dengue, o ébola, a Dilma e o Lula, para me vingar das infecções com que vocês portugueses dizimaram os índios brasileiros a partir do ano 1500. Das redes sociais por onde também se espalham não menos perigosos vírus, lá chegaram as teorias da conspiração que são excelentes argumentos para filmes de intriga e acção.
Primeiro, foram anunciados os nomes de Melinda e Bill Gates, logo corrigidos para a Fundação Rockefeller, como responsáveis pela criação do mosquito monstro do Zika, numa transformação genética incompetente, ou azarada, nas larvas do mosquito que provoca a malária. Enfim, ele anda por aí, anda, e é terrivelmente assustador.
Por cá, apareceu de novo o raio do vírus Relvas, que sempre que desaparece por algum tempo, aparece mais forte e revigorado. Ele é uma espécie de Moriarty, o pesadelo de Sherlock Holmes, que no fim de uma das suas aventuras se espatifou por uma cascata abaixo, mas cujo corpo nunca foi encontrado para continuar a atormentar o célebre detective. Pois o senhor Miguel Relvas, o que transformou a sinistra loja maçónica Mozart 49 na tão notável como obscura loja Velasquez, apareceu a comprar um banco por um terço do preço que o Estado, através do seu amigo Passos Coelho, injectou para não falir. Não é bem um "filet mignon", como dizia o meu amigo Bagão Felix, com que foi presentado o Santander na compra do Banif, mas é com certeza um bom bife da vazia. Eu gostava de saber onde é que o Relvas arranja tantos milhões.
Na terra dos bilhões, o império americano, também se preparam novos vírus que vão atormentar tudo e todos. E um deles será o mais forte, o mais louco e o mais terrível. Vejam só: um vendedor de banha da cobra de capachinho amarelo canário, de nome Trump, ou um senador que depende do voto evangélico, de nome Cruz, isto de um lado. Do outro, dito democrático, ou uma senhora que acredita em extraterrestres de nome Hillary, ou um velhinho de Vermont, de nome Sanders, que até desempataram o primeiro embate por moeda ao ar! Não é só o aquecimento global que nos vai derreter. A não ser que um senhor de nome Guterres tome conta da ONU e, como é muito bonzinho, pare com a Companhia dos Vírus.