O verão, com a desgraça dos fogos florestais, não parece ter modificado de forma significativa as intenções de voto.
O verão, com a desgraça dos fogos florestais, não parece ter modificado de forma significativa as intenções de voto. É verdade que, em relação a julho, o PS e o BE perdem agora um ponto percentual, mas também é verdade que nem o CDS nem o PSD aproveitam estes dois pontos perdidos à sua esquerda, enquanto o PC se mantem firme nos 8%. Os eleitores mais descontentes parecem procurar refugio, quiçá temporário, na abstenção, na indecisão ou no voto em branco, nulo ou nalgum dos partidos muito pequenos. Os eleitores que o Verão afastou do PS e do BE estariam mais desorientados do que de costas voltadas para a geringonça, o que se confirma pela manutenção das perspetivas sobre a atuação do governo e pela escolha entre Costa (66) e Passos (23) para primeiro ministro.
Talvez que, mesmo assim, os incêndios expliquem algumas das desafecções à esquerda, traduzidas no saldo negativo de 16% na avaliação da atuação do governo nesta matéria.
Normal que a avaliação do governo na questão dos fogos, para alem de penalizar significativamente a ministra Constança, seja fortemente negativa entre os eleitores do CDS e do PSD. Expectável também que os votantes PS e BE expressem uma opinião (moderadamente) positiva, mas surpreendente poderá ser a avaliação do eleitorado CDU que, pelo menos nesta questão dos fogos, acha negativa a ação do governo! À suivre ...