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Correio da Manhã

Colunistas
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12 de Janeiro de 2017 às 00:30
Não é tolerável a mensagem que se transmite com a alusão a pseudo avaliações do desempenho, prémios de produtividade e penalizações financeiras dos hospitais devido aos graves problemas das urgências, como se os profissionais de saúde não estivessem a cumprir a sua missão!

Quem vai a uma urgência percebe que se o SNS continua a funcionar é devido ao enorme esforço, espírito de sacrifício e dedicação dos seus profissionais, que dão o litro na difícil confusão das urgências. Sei que o Ministro da Saúde não partilha de uma limitada visão administrativista do problema das urgências e que vai revalorizar as horas extra dos médicos, dando um passo essencial para recuperar os médicos mais experientes para o penoso e complexo trabalho da urgência, contratar mais horas de trabalho extra aos médicos do SNS e reduzir o recurso às empresas de mão de obra médica.

Na Revista da Ordem escrevi um editorial com as 13 razões da congestão das urgências e as respetivas soluções, que não cabem neste pequeno texto. Exigem um trabalho de fundo, planeado, dentro e fora da saúde.

Não é preciso inventar nada. A bem dos doentes, as insuficiências de 2017 têm de ser corrigidas para 2018.
José Manuel Silva opinião
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