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José Rodrigues

O paraíso patronal

A posição assumida pelo líder do PSD no caso da redução da Taxa Social Única (TSU) dos patrões não terá sido apenas mera jogada política.

José Rodrigues 30 de Janeiro de 2017 às 00:30
A posição assumida pelo líder do PSD no caso da redução da Taxa Social Única (TSU) dos patrões não terá sido apenas mera jogada política. De facto, ela terá tido também a ver com uma mal disfarçada oposição a este aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), que ficou clara nas declarações proferidas no fim de semana, em que Passos Coelho considerou o ritmo previsto da subida do SMN incompatível com a evolução económica e catalogou como "infantil" a visão de PS, PCP e BE sobre o assunto.

Diga-se que o pensamento do líder do PSD nesta matéria não se deve diferenciar muito do daquele sócio-gerente da cadeia Padaria Portuguesa que considerou que o debate sobre o aumento do salário mínimo é coisa que só interessa aos políticos, e que a prioridade deveria ser dada a novas mexidas na legislação laboral, para torná-la mais "flexível", que é o mesmo que dizer cortando nos direitos dos trabalhadores.

Imagine-se qual seria o sonho em comum de Passos e do sócio-gerente da Padaria: pagar o mínimo, reduzir a mão de obra, alargar o horário de trabalho, cortar no pagamento das horas extras, liberalizar despedimentos... Enfim, o paraíso patronal...
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