A descida da taxa de desemprego para 9,9% - o valor mais baixo desde 2009 -, anunciada na última semana pelo INE, gerou, entre atuais e ex-governantes, uma espantosa disputa dos ‘louros’ da criação de mais 150 mil postos de trabalho e redução em 100 mil do número de desempregados no espaço de um ano. Há, é bom de ver, muitos votos em causa...
Apostando na tese da herança, o líder do PSD afirmou que o feito foi conseguido graças às reformas estruturais levadas a cabo pelo seu governo no mercado de trabalho, e no mesmo sentido se pronunciou a líder do CDS (como que a lembrar que a pasta do trabalho estava nas mãos do seu partido…). É preciso lata… Das consequências dessas reformas laborais da maioria PSD/CDS só nos recordamos dos despedimentos em massa, do corte brutal de salários, da fuga de centenas de milhares de portugueses para o estrangeiro.
A César o que é de César: esta baixa do desemprego não é mérito do governo anterior mas o Governo atual não deve embandeirar em arco, pois convém não esquecer que boa parte dos empregos criados é precária. No que respeita à qualidade do novo trabalho, o teste do algodão não engana…