Não seriam precisas comissões de inquérito, relatórios ou remodelações ministeriais, para se concluir que ‘quem brinca com o fogo, queima-se’.
Ainda no rescaldo de Pedrógão, nova tragédia criou um cenário dantesco de dimensões superiores, ceifando mais 46 vidas e elevando para 115 as vítimas mortais. Mas o que deixou o País estupefacto foi constatar que no decurso de 4 meses nada foi feito que evitasse a repetição. Ficou-se à espera dos estudos.
O resto sabe-se: Um primeiro-ministro que esteve mal; um PR que esteve bem; uma ministra que saiu, levando com ela um secretário de Estado e a cúpula da Proteção Civil.
Amanhã no Parlamento será apresentada uma moção de censura ao Governo. Perguntas fulcrais: o governo esteve bem em todo este drama? Resposta óbvia - não. Faria melhor quem apresentou a moção? Resposta óbvia – não. Porquê? O passado fala por si.
Bem faz o Presidente em interrogar-se: Vamos lá ver se é desta? Resposta óbvia – não. Não há drama neste país que se sobreponha aos interesses partidários e à luta pela conquista do Poder.
Se assim não fosse, apesar dos erros inegáveis e até imperdoáveis do Governo, toda a Assembleia daria as mãos para encontrar soluções que inviabilizem nova tragédia.