É no twitter e outros brinquedos digitais que se trocam ameaças entre países pequenos e grandes, mesmo sobre questões de guerra e paz.
A síntese reduz a poucas palavras o que outrora se discutia em extensos documentos. Todos nós já nos arrependemos de alguma resposta precipitada num email.
A pressa, o nervosismo, como que passaram à frente, tornando prematuramente pública uma mensagem que mereceria recato, diálogo, tempo, estratégia, na abordagem dos diferentes ângulos… e conhecimento público.
Os assuntos da comunidade precisam ser tratados com sabedoria e paciência e com a arte conhecida como diplomacia - que também é corruptível.
Entre as mentiras amaciadas por camuflados de justiça e paz surgem intervenientes "carismáticos" (dos carismas mascarados, livrai-nos Senhor!) vistosos, no teatro das grandes decisões.
São muitos desses jogos que colocam os povos em guerra e provocam genocídios e carnificinas com colarinho branco e ar de candidatos a qualquer prémio da paz. "Bem-aventurados os construtores da paz". É o seu carisma de lucidez e tolerância que evita muitas guerras. Disso, pouco falam as crónicas.
Complexo é o ser humano. Como ator da peça mediática que representa, pode esmagar os valores de direita ou de esquerda que cultivou na sua juventude. A vida tem momentos de cegueira que urge reconhecer e ultrapassar.
Um político eleito merece todo o respeito do povo. Mas o povo também lhe merece o maior respeito. Trata-se de uma profissão de alto risco que determina o destino dum país e do mundo.
Com a mesma consciência "tranquila" faz a paz e a guerra, decreta a fartura e a fome, protege os amigos, esmaga os fracos.
A sangue frio porque a conjuntura e a sua carreira assim o exigem.
Liberdade e justiça, são conversas de radicais ou de "poetas". Por isso, a consciência é o grande emblema partidário de qualquer político.