Portugal está na moda, dizem os operadores turísticos, mas não o suficiente para o Porto, o destino preferido na Europa, conquistar a sede da Agência Europeia do Medicamento. Nem a esperança de António Costa, com mensagem de confiança no Twitter no dia da votação, surtiu efeito.
Uma derrota para o Governo, que tanto se empenhou neste propósito com um "imenso trabalho diplomático". Mas, lá diz o povo, ‘o que nasce torto tarde ou nunca se endireita’. E é pena.
Tem isto a ver com os avanços e recuos das pretensões nacionais. A candidatura arrancou mais tarde do que a generalidade dos concorrentes, já que o primeiro-ministro pretendeu no início candidatar a cidade de Lisboa sem pôr em questão se outras localizações não teriam outro tipo de oportunidades.
E só a poucos dias de terminar o prazo para apresentação é que se optou pelo Porto, num volte-face previsível após os protestos ouvidos a Norte.
A capital já tem a Agência de Segurança Marítima e o Observatório da Droga, a Invicta era uma boa proposta mas logo desde o início, sem passar para o exterior uma imagem de desorganização e falta de objetividade.
O Porto merecia muito mais.