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Paulo João Santos

Um país, dois sistemas

Afinal, onde se encaixa a função pública neste esforço coletivo?

Paulo João Santos 15 de Abril de 2020 às 00:31
A função pública tem estado à margem do esforço de guerra à crise da Covid-19. Não os que foram destacados para a linha da frente, os profissionais de saúde, das forças de segurança, os docentes preocupados, mas o exército instalado nas trincheiras recuadas do teletrabalho ou dos que esperam que as armas se calem.

Com milhares de empresas encerradas, milhares de trabalhadores em layoff, milhares de despedimentos, milhares de famílias que viram o seu rendimento cair abruptamente, há um barco que navega tranquilo por entre a tempestade.

Faz lembrar o prólogo dos livros do Astérix: "Toda a Gália foi ocupada pelos romanos ... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste." O segredo estava numa poção mágica, que tornava a comunidade indestrutível.

Não sei o segredo da poção mágica que o Governo está a preparar para cumprir o desígnio nacional, lembrado a cada passo por Marcelo e António Costa: "Este é um combate de todos, estamos todos juntos nesta luta." Mas era importante que alguém viesse dizer - pela peso na máquina do Estado - onde se encaixa a função pública neste esforço coletivo.
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