Aquilo de que o país menos precisa é de um conflito institucional entre o Presidente da República e o Governo, em torno da questão dos incêndios.
Os portugueses depararam-se, nesta quinta feira, com surpreendentes notícias de um grande mal-estar no Governo, por causa do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, em que o Chefe de Estado formulou uma série de exigências que alguns chamaram mesmo de ultimato político. É incontestável que o Presidente da República fez um discurso muito duro, chegando mesmo a dizer que se tornava essencial que o Parlamento tornasse clara a sua posição de apoio, ou não apoio, ao Executivo.
Vem agora fonte do Governo dizer que esse discurso provocou uma onda de choque porque o Presidente disse o que disse, apesar de já saber o que o Governo tencionava fazer nos dias seguintes, incluindo a saída da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Na prática, acusa o Presidente da República de ter querido antecipar e aparecer como o responsável por o Governo ir tomar as medidas que se impunham. Ainda anteontem, numa entrevista televisiva, tive ocasião de defender a harmonia e a estabilidade no relacionamento com o Presidente da República, quer da parte da oposição, quer da parte do Governo.
As acusações que são feitas pela tal fonte governamental ao Chefe de Estado são graves. Não me cabe, nem cabe a quem está de fora, dizer o que é falso ou verdadeiro. Uma certeza existe: o que está a acontecer agora é muito desagradável e não ajuda em nada os portugueses atingidos pelas tragédias dos incêndios florestais.
Pode ter terminado uma fase de encantamento recíproco no relacionamento entre o Presidente e o Governo. Mas esses encantamentos também não são muito aconselháveis, porque podem acontecer, eventualmente, desilusões como a que estará em causa, talvez de ambas as partes. Mais do que encantamentos ou exageros institucionais, importa é que haja correção institucional. É isso que tem de ser garantido.
ImperdívelSemibreveMúsica electrónica em BragaPara os apreciadores de música eletrónica e arte digital, Braga recebe este fim de semana o Festival Semibreve, um evento de referência na área da música electrónica com espectáculos de alguns dos artistas mais relevantes da actualidade. Além disso, há também espaço para a divulgação de produção científica no campo das artes digitais produzida por instituições de referência, como a Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade Católica, Fundação Bienal de Cerveira e Digitópia/Casa da Música. Já os entusiastas de vinho poderão desfrutar na FIL, em Lisboa, de mais de mil vinhos distribuídos por 300 stands na 1ª edição Grandes Escolhas. Os visitantes podem ouvir a opinião de especialistas em sessões de 15 minutos ao mesmo tempo que vão experimentando os vinhos.
Canto CurtoFernando GomesViolência no FutebolÉ louvável a iniciativa de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, de ter ido ao Parlamento falar sobre um assunto preocupante no futebol: o clima de violência que tem alastrado nos estádios e com as ameaças feitas aos árbitros. Ao levar a preocupação aos deputados, Gomes mostra ser um presidente com sentido de responsabilidade e preocupação pela integridade física dos intervenientes.
FigurasDo prémio de CR7 ao Whatsapp
Lua CheiaCristiano RonaldoEleito mais uma vez o melhor do Mundo. É a 5.ª vez que recebe o galardão e 3.ª consecutiva. Iguala Messi e, a manter-se neste nível, é provável que o passe. Como o próprio disse, tal só é possível com trabalho e dedicação.
Quarto CrescenteXi Jinping Pense-se o que o que se pensar, a verdade é que no congresso do Partido Comunista Chinês, o Presidente da China conseguiu consolidar o seu poder nesta cada vez maior potência mundial.
Quarto MinguanteCarles Puigdemont Após ameaçar que convocaria eleições, veio dizer que não o fará por falta de condições de absoluta normalidade. É difícil de perceber tanto avanço e recuo mas, em abono da verdade, a situação não é fácil.
Lua NovaJan Koum A Comissão Europeia acusa o Whatsapp de não respeitar os deveres de protecção de dados dos utilizadores desta rede social, apesar dos vários avisos que Bruxelas tem feito.