Na Lua Cheia, já destaco o valor da grande proeza da terceira Bola de Ouro.
Pela primeira vez, julgo, o protagonista da Lua Cheia é o mesmo do texto de fundo. E se o trago, a Cristiano Ronaldo, para este espaço, não é pelas proezas futebolísticas… Quero destacá-lo por um aspeto que já tem sido sublinhado, mas que eu quero aqui realçar neste espaço dedicado, normalmente, às grandes questões da sociedade. Refiro-me ao comportamento de Cristiano Ronaldo para com a sua família, a atenção e ao enlevo com que trata o seu filho e a senhora sua mãe, como refere as suas irmãs e como lembra sempre a memória do senhor seu pai.
Se tivesse sido só uma vez, poderia alguém pensar tratar-se de um acaso ou de coincidência ou de circunstância fortuita, mas nada disso: já são várias as distinções e lá estão sempre presentes essas atitudes, esses cuidados, esses carinhos. Essa atitude, em que nunca falha, e que tem tradução sempre na parte mais significativa das suas palavras, tem um enorme significado humano, político e social, especialmente nos tempos que correm. Uma pessoa que tem materialmente tudo o que quiser, que conhece glória atrás de glória, que é ídolo mundialmente adorado, nunca se esquecer das suas origens é, na verdade, muito bonito. Devia ser sempre assim com todos? Devia, mas não é. E o exemplo que Cristiano Ronaldo dá aos que no mundo se julgam muito importantes, daquilo que na verdade mais conta, merece ser muitíssimo destacado. E, já agora, mais uma nota: faz questão de falar sempre em português e de falar sempre nos portugueses e na sua ilha da Madeira. E para não falhar mesmo nada, não se esquece da referência aos seus colegas de equipa no Real Madrid e à Seleção Nacional portuguesa e a quem, nessas instituições, o ajuda a construir os seus êxitos. Aos meus olhos, Cristiano Ronaldo é um herói principalmente por causa disso: pelo exemplo que dá às crianças e aos adultos de todo o mundo, de respeito pelos valores mais relevantes da vida.
A livraria mais ‘cool’ do mundo
A revista TIME elegeu a livraria Lello & Irmão, no Porto, como uma das mais ‘cool’ do mundo. É sem dúvida uma das pérolas da Invicta e imperdível a sua visita. A TIME refere que a livraria terá inspirado a escritora inglesa J.K Rowling enquanto escrevia a obra do Harry Potter. E acrescenta que a sua fachada neogótica não transparece a opulência interior: madeira talhada, colunas douradas, tetos ornamentados, e uma escada vermelha deslumbrante iluminada por um vitral. Lá, podem ser encontrados mais de 100 mil títulos em várias línguas.
Centenário da Federação
Realizou-se esta semana a Gala do Centenário da FPF. Com altos e baixos na sua história, como todas as instituições, é objetivamente responsável por muitos momentos de alegria de milhões de portugueses. Já teve grandes presidentes, permite-me recordar João Morais Leitão, Silva Resende e Gilberto Madaíl. Fernando Gomes deu a estas celebrações muita dignidade e tornou-as um elemento de união num setor com tantas desavenças.
Distinção de Ronaldo, RTP e Collina
Lua cheia
Cristiano Ronaldo Mais uma vez foi eleito o melhor do mundo, apesar de algumas vozes do ‘sistema’ terem tentado contrariar aquilo que era uma evidência para quase todos.
Quarto crescente
Gonçalo Reis Foi indigitado pelo Conselho Geral Independente (CGI) da RTP para o cargo de presidente da estação pública de televisão. Uma boa escolha.
Quarto minguante
Mário Draghi Sucedem-se os acontecimentos que vão dificultando a vida ao Sistema Monetário Europeu e ao presidente do BCE. Agora até a Suíça…
Lua nova
Pierluigi Collina O responsável pela arbitragem da UEFA pelo menos disse a verdade. Mas demasiado tarde. O Sporting foi mesmo espoliado no jogo com o Schalke 04.