Estaremos a tornar-nos escravos da nossa dependência tecnológica?
Em muitas regiões do mundo, a Internet ainda não é mais que uma espécie de miragem, como um conto de fadas que até agora não permite, em inúmeros lugares, ligar um computador via wireless, ou mesmo conceder a milhões de pessoas utilizarem um simples telemóvel. Noutros locais, a pegada digital cresce de forma estonteante, formatando todas as dimensões da vida.
A tecnologia, que na sua génese não é boa nem má, tem como principal objetivo servir as pessoas e, aparentemente, criar um melhor padrão da qualidade de vida, tem vindo a suscitar cada vez mais interrogações quanto à sua correta utilização na chamada electrónica de consumo, ou seja e por exemplo, será que todas as comunicações telefónicas efetuadas são manifestamente necessárias? Serão todas as selfies importantes, em detrimento da sensação do mundo real vivido? Serão as SMS´s enviadas, até ao volante, justificadas?
Enfim, meras constatações, entre milhões de outras possíveis.
Uma interrogação, naturalmente se impõe: será a tecnologia nossa servidora ou Nossa Senhora?
Por Reginaldo Rodrigues de Almeida, professor universitário e apresentador CMTV do programa Falar Global