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Rui Hortelão

A maior delação

E agora que Marcelo Odebrecht confessou subornos a Lula?

Rui Hortelão 14 de Novembro de 2016 às 00:30
"A maior delação do Mundo." Foi este o título que a revista brasileira ‘Isto É’ deu ao quadro síntese que fez sobre o processo Lava Jato. No total, são 50 os executivos de empresas que aceitaram colaborar com as autoridades a troco da redução das suas penas.

Testemunhos que, segundo as primeiras informações conhecidas, devem apontar a 100 políticos, que terão recebido subornos da Petrobras, e a 20 governadores e ex-governadores, denunciados pelos altos quadros da Odebrecht envolvidos no Lava Jato.

A delação mais relevante é a do antigo presidente da maior construtora do Brasil, Marcelo Odebrecht, na qual este terá reconhecido o pagamento de 8 milhões de reais – cerca de 2,3 milhões de euros – em subornos, parte dos quais pagos em dinheiro vivo a Lula da Silva, que terá ainda beneficiado de outros favores.

A confissão de Marcelo Odebrecht, 48 anos, surge após em março ter sido condenado, a 19 anos e quatro meses de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Para os opositores da delação premiada, o gestor estará apenas a incriminar Lula da Silva para atenuar a sua pena.

A habitual visão, confortável e conveniente, dos que clamam por melhor justiça, rejeitando algo que, longe de a fazer perfeita, a pode tornar mais eficaz.
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