Em campanha, o nosso adversário não está do outro lado da barricada. Pelo contrário, o verdadeiro rival é quem é igual a nós ou, pelo menos, bastante parecido. Isso torna a campanha fascinante, porque é pedido aos líderes um duplo exercício: a) fingir que atacam os rivais distantes; b) irem dando umas cotoveladas certeiras (também conhecidas como ‘faltas inteligentes’) aos que andam à pesca dos mesmos eleitores.