No arranque da nova fase de desconfinamento há sinais de que o pior pode já ter passado. Vejamos: hoje mesmo fazemos o levantamento do número de surtos em lares e de óbitos entre os mais idosos.
Em ambos os casos regista-se uma quebra relevante. Isto indicia que a vacina está a resultar, em defesa da população mais exposta aos perigos do vírus e consequentemente mais vulnerável. Também os internamentos, em particular nos Cuidados Intensivos, continuam globalmente a descer.
Por tudo isto, convinha que fosse muito bem explicada a questão do índice de transmissão, que continua a subir. Se o número de contágios está estabilizado entre nós, é essencial entender que tipo de comportamento de risco está a ser sinalizado com a subida do R.
Porque se a matriz de risco já mostrou ser útil como alerta para toda a sociedade, e dessa forma a estamos a ler diariamente, convém evitarmos a suspeita de que alguém possa estar a fazer política com os números da doença.