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Correio da Manhã

Opinião
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O País vai sentindo que voltou a uma zona cinzenta de liderança.
Paulo Oliveira Lima 20 de Novembro de 2021 às 00:32
O sucesso na vacinação, que transformou Portugal num exemplo além-fronteiras, não impede que estejamos na iminência de voltar a condicionar as nossas rotinas em prol da segurança de todos.

A preocupação com a 5ª vaga, legítima, não deve no entanto fazer-nos recuar às decisões drásticas tomadas no ano passado, num quadro de incerteza e perigo bem maiores do que o atual. É certo que o País já vai sentindo que voltou a uma zona cinzenta de liderança, sem a voz segura do vice-almirante Gouveia e Melo, e entregue agora à incapacidade comunicacional e decisória de Graça Freitas e seus pares, cujo perfil já se provou estar muito distante das necessidades de tão exigente momento.

Nesse vazio de orientação, com um ritmo de vacinação muito abaixo do que fez de nós um exemplo mundial, abundam dúvidas sobre os próximos passos deste processo. Regressados ao improviso a que tantas vezes assistimos com estes fracos decisores, resta-nos evitar decisões precipitadas que prejudiquem os já depauperados negócios do País. E esperar que, mais cedo ou mais tarde, o processo de vacinação volte a ter um líder que não deixe dúvidas sobre o caminho a seguir.
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