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Correio da Manhã

Opinião
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A variante Ómicron

A pandemia ensinou que, para a Covid-19, não há bunker que resista.
Paulo João Santos 28 de Novembro de 2021 às 00:32
Está a caminho a pior variante da Covid. Foi detetada em África. Começou por ser designada de ‘B.1.1.529’, depois batizada de Ómicron. É mais perigosa e mais contagiosa do que a variante Delta e, pior de tudo, parece resistir às vacinas – ou, pelo menos, torná-las menos eficazes.

O receio é enorme, o alarme generalizado, a ponto de ter levado os mercados financeiros ao vermelho, com as bolsas a deslizar para terreno negativo e a provocar a queda da cotação do petróleo. Reação típica de que algo de grave está a acontecer, ou vai acontecer. Coisa séria, portanto.

A União Europeia reagiu de imediato, fechando a porta a voos provenientes de alguns países africanos, mas a variante já foi detetada no interior das fronteiras dos 27. Acabará por espalhar-se. Se há coisas que a pandemia ensinou, é que para a Covid não há bunker que resista. Tem estado sempre um passo à frente da ciência.

Significa isto que as medidas – razoáveis e sensatas – que entram em vigor quarta-feira, dia 1, poderão sofrer alterações nas próximas semanas, obrigando a restrições mais apertadas e tornando o início do ano numa enorme dor de cabeça. Outra vez.
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