Os novos radares de controlo da velocidade automobilística, a instalar durante o próximo ano, representam uma receita de 13 milhões, já inscrita no Orçamento do Estado para o ano que vem. Quanto aos valores que habitualmente estão na origem destas decisões, nada a dizer.
Quem não concorda com um maior controlo da velocidade, maior responsabilidade e bom senso dos automobilistas, mesmo que seja pela via repressiva?! E quem não concorda com o objetivo de baixar a sinistralidade rodoviária? O problema não está aí.
O problema está na duplicidade política de um Governo que finge não aumentar impostos mas esmaga, como quer e lhe apetece, o bolso das famílias por via contraordenacional e de tudo quanto são as conhecidas taxas e taxinhas. O problema também está na balbúrdia aquisitiva dos radares.
Eles vão chegar à molhada para polícias municipais, PSP e GNR, sem qualquer critério e, provavelmente, sem grande transparência na compra.
E em concurso com o aumento dos limites de velocidade em zonas onde já são baixos, por exemplo de 40 km/h para 30, prometem ingredientes explosivos para uma brutal caça à multa por todos os meios. Basta um polícia zeloso…