Bloco de Esquerda anuncia este domingo o seu sentido de voto no Orçamento do Estado para 2022. As conclusões da reunião da Mesa Nacional do BE foram apresentadas pela coordenadora do partido, Catarina Martins.
A coordenadora do partido afirma que socialistas apresentam uma proposta que mantém as injustiças no sistema fiscal. A líder dos bloquistas afirma que o documento apresentado contém "medidas limitadas e dispersas". Catarina Martins lança um ultimato referindo que se o Governo não aceitar as nove propostas da Esquerda, o Bloco vai votar contra o documento.
"Se até á próxima quarta-feira o Governo entender negociar o Orçamento do Estado, o Bloco de Esquerda responderá com disponibilidade e clareza para as soluções que aumentam os salários, que protegem o SNS e que garantem justiça para quem trabalhou toda a vida. Se o Governo insistir em impor recusas onde a esquerda podia ter avanços, o Bloco de Esquerda responderá pela sua gente - pelo povo que trabalha e pelo SNS que nos orgulha - e votará contra o Orçamento do Estado para 2022", avisou.
A bloquista afirma que o novo orçamento apresenta uma "política pouco ambiciosa no combate a pobreza" e acusa o Governo de excluir todas as propostas entregues pelo BE, apontando ao Executivo "intransigência".
No que diz respeito à saúde, o "governo apresenta um regime de exclusividade que não tem exclusividade", explica a coordenadora bloquista. "[O OE2022] Não responde aos problemas dos restantes serviços públicos", sublinha.
Na cultura, o documento "prevê uns irrisórios 0,25% de despesa consolidada", relembra Catarina Martins afirmando tratar-se de uma despesa insuficiente para o setor.
O documento ignora também, defende a coordenadora, a crise energética "que exige uma resposta dupla".
"O bloco não desistiu de encontrar soluções", defende ainda.
Catarina Martins afirma ainda que é preciso dar respostas às famílias agora, e não no futuro.
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