Marcelo agrada esquerda e direita com mensagem de ano novo
Quase todos concordam com o “virar de página” em 2022.
Salomé Pinto
3 de Janeiro de 2022 às 09:56
A duas semanas do tiro de partida para a campanha eleitoral, quase todos os partidos, da esquerda à direita, concordaram com os votos do Presidente da República para 2022: “Virar a página da pandemia e da crise económica e social”. Mas cada um puxou a brasa à sua sardinha.
O primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, serviu-se das palavras de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a necessidade de “previsibilidade” para defender a importância de um “Governo estável para os próximos quatro anos”. Antes, o secretário-geral adjunto socialista, José Luís Carneiro, disse “rever-se plenamente” no apelo de Marcelo à estabilidade. Bruno Maia, do BE, também subscreveu a mensagem do Presidente e pediu um “novo ciclo político” com acordo à esquerda e sem “maiorias absolutas ou tentativas de bloco central”. Para António Filipe, do PCP, as palavras de Marcelo são “evidências”, salientando que “é importante que 2022 dê um passo para que os problemas concretos das pessoas sejam resolvidos”.
À direita, André Coelho Lima, do PSD, manifestou o desejo de o PSD ser o protagonista dos “novos momentos que o País precisa”. Martim Borges de Freitas, do CDS, alinhou pelo mesmo diapasão, considerando que “virar de página” tem de ser “com a direita certa”. E João Cotrim Figueiredo, líder do IL, apontou que essa oportunidade “virá a 30 de janeiro, podendo os portugueses votar em opções verdadeiramente liberais”.
PAN e Chega foram os únicos críticos. Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, lamentou a ausência de palavras sobre o voto dos confinados. E André Ventura, líder do Chega, disse que Marcelo “falhou” ao “não identificar os responsáveis pela atual crise política”.
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