Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, defende que "há um sentimento de desgoverno que se vê", referindo-se ao setor público.
"Esta é a estabilidade que promete às pessoas?", atira.A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, defende que a moção de censura apresentada não traz soluções "dos problemas que afeta os trabalhadores".
Ventura volta a intervir, considerando uma "vergonha" o facto do PSD ficar em silêncio no debate.
O líder do Chega atira alguns dados sobre a inflação e as consequências da subida dos preços na vida dos portugueses.
"Não podem trazer uma moção de censura e não querer ouvir…", atira após críticas da bancada do Chega.
O primeiro-ministro começa por dizer que, em política, "nada é por acaso" e aponta que a moção de censura do Chega foi apresentada "no dia em que se iniciava o Congresso do PPD/PSD e marcada para o dia em que estava prevista uma interpelação do PCP".
"Ou seja, esta moção de censura mais do que dirigida ao Governo é um exercício de oportunidade na competição com os outros partidos da oposição", defendeu.
Para António Costa, a moção de censura é sobretudo dirigida "a uma parte da oposição", numa alusão indireta à nova liderança do PSD.
"O Chega vocifera muito mas nada resolve. Esta é uma distinção essencial entre nós. Os populistas alimentam-se dos problemas", frisa o chefe de Governo, que enumera de seguida vários "feitos" do Governo como a redução da fatura elétrica, com o mecanismo ibérico.
Costa relembra que os "últimos 2 anos foram desafio à resiliência do Serviço Nacional de Saúde" e revela que o dispomos hoje de mais 24674 profissionais ligados à saúde, um aumento de mais de 20%.
"Não negamos as dificuldades e os desafios que temos que enfrentar", admite."O senhor primeiro-ministro sabe que tem pela frente um desafio que já não consegue concretizar, a desorganização e a desorientação geral do Governo são prova disso mesmo. O caos na saúde, nos combustíveis, no aeroporto e um ministro que já não existe são a prova final que precisávamos de que este Governo já não está cá para exercer funções", afirmou.