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Política
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PCP anuncia voto contra e Marcelo avisa: sem Orçamento "avanço para a dissolução" do Parlamento

Se BE e PCP votarem contra na generalidade o Orçamento chumba.
Correio da Manhã 25 de Outubro de 2021 às 12:09
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Líder do partido acusou o governo de recusar compromissos e sustentou que o país "não precisa de um Orçamento qualquer".

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, anunciou esta segunda-feira que o partido vai votar contra o Orçamento do Estado na generalidade.

"Neste contexto, face ao quadro de compromissos e sinais dados [pelo Governo socialista], o PCP votará contra este Orçamento", anunciou o dirigente comunista na sede do partido, na Rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa.

Jerónimo de Sousa acusou o governo de recusar compromissos e sustentou que o país "não precisa de um Orçamento qualquer, mas precisa de resposta aos problemas existentes que se avolumam à medida que não são enfrentados".

"O que está em causa é o futuro de país, não é esta ou aquela medida, mas uma visão mais alargada", afirmou o secretário-geral do partido. 

Depois das declarações de Jerónimo de Sousa, o Presidente da Repúbica avisou que sem viabilização do Orçamento do Estado avançará para a dissolução do Parlamento

O Bloco de Esquerda anunciou este domingo que, caso o Governo permaneça intransigente em relação às nove propostas dos bloquistas, o BE vai votar contra o documento por apresentar medidas que a esquerda considera insuficientes. 

O PAN e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues anunciaram que se vão abster na votação na generalidade. Apenas falta anunciar o sentido de voto do Partido Ecologista.

Feitas as contas, e se as intenções de voto se verificarem esta quarta-feira, o Orçamento apresentado pelo Governo poderá ser chumbado já na generalidade. 

O que acontece se o Orçamento do Estado para 2022 chumbar?
O Executivo poderia continuar a governar, mas em duodécimos. Ou seja, usaria o Orçamento do ano anterior, mas não teria acesso aos fundos europeus. Marcelo afastou este cenário e colocou a hipótese de umas eleições legislativas antecipadas que seriam marcadas para janeiro. 

PCP Jerónimo de Sousa política orçamento do estado
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