O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas esta sexta-feira, em Díli, durante a visita a Timor-Leste nas cerimónias de comemoração dos 20 anos da constituição do país, destacou que prefere "respostas pela positiva do que pela negativa" no que toca à pandemia em Portugal, salientando que, na sua opinião, o ideal seria um avanço através do aumento da vacinação ao invés regresso ao uso obrigatório de máscaras.
No entanto, espera "quando regressar a Portugal" conversar com os especialistas e perceber o que está em causa e as justificações.
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou o entendimento de que "os especialistas têm uma palavra a dizer, propondo soluções, mas a palavra decidida é a do poder político".
"Quem é eleito para decidir é o poder político. Portanto, o poder político não pode decidir sem ouvir especialistas, mas quem é responsável por aquilo que faça ou não faça é o poder político", argumentou o Presidente da República.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, aconselhou esta quinta-feira a população a voltar a utilizar máscara, tendo em conta o aumento exponencial de infeções no País.
"A máscara tenho-a aqui no bolso e tenho usado sempre, sempre. Acho que todas as pessoas devem usar também, em ambientes fechados e em aglomerados de pessoas", afirmou a responsável, em entrevista à TVI, descartando o regresso ao uso obrigatório: "Nesta fase, uma recomendação é suficiente". O apelo de Graça Freitas acontece depois de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter também aparecido esta quarta-feira em público de máscara. Ao contrário da diretora-geral da Saúde, a ministra não apelou ao uso generalizado.