"E esta aqui é a nossa mensagem clara para o Governo de António Costa: queremos mais, exigimos mais do Governo", disse Inês Sousa Real no encerramento do VIII Congresso do PAN, depois de ter sido eleita.
E elencou que é necessário "proteger os oceanos, as florestas, os animais, reduzir o número de pessoas em risco e em situação de pobreza, o número de pessoas sem acesso à saúde e ao trabalho, reaproximar o ordenado mínimo da média europeia e trabalhar para um melhor nivelamento do salário médio".
Inês Sousa Real pediu também "mais e melhores investimentos na saúde, nos profissionais da educação, das forças de segurança, dos vigilantes da natureza e tantos outros profissionais-chave", defendeu que o Plano de Recuperação e Resiliência deve ser investido para "potenciar o empreendedorismo e a economia verde" e considerou ainda "fundamental uma aposta no sistema judicial e o combate à corrupção".
"E fica o alerta, o Governo tem de acompanhar estas reivindicações se queremos ter um país verdadeiramente justo e verdadeiramente sustentável", frisou, defendendo que, "acima de tudo, o próximo Orçamento do Estado tem de colocar também a tónica" naquele que considerou ser "o desafio" da sociedade, que é "o combate contra a emergência climática".
"Se um Estado se define também pelo seu Orçamento, então o Orçamento do Estado deve ser sim, e sempre, um Orçamento ambientalista, um orçamento animalista, que também seja promotor de um maior respeito por todas as formas de vida", frisou Inês Sousa Real, sustentando que "o combate às alterações climáticas pode e deve ser o veículo da transição para um modelo de desenvolvimento económico mais justo e sustentável do ponto de vista social e ambiental".