Os moradores da freguesia de Olivais, em Lisboa, estão revoltados com a praga de baratas que atinge a rua Cidade de Malange. Reclamam da "falta de interesse" por parte das autoridades competentes, como a Junta de Freguesia, Câmara de Lisboa, e até da Polícia Municipal, depois de o caso já ter sido "denunciado várias vezes" e por considerarem que se trata de um "problema de saúde pública".
"As baratas vêm da casa de um dos vizinhos já desde agosto. Inicialmente eram mosquitos por causa do mau cheiro, já que o residente nem sequer tem água. Depois vieram as baratas", conta ao
Correio da Manhã Rosa Martins, de 82 anos, acrescentando que a praga já lhe invadiu a casa. A infestação nos diversos prédios preocupa os moradores, que dizem já ter gasto "centenas de euros" em produtos de desinfestação e não conseguem resolver o problema.
"Tenho as portas cheias de fita-cola para que os bichos não me entrem em casa, mas mesmo assim, chegam pelos canos e até na cama já encontrei baratas", explica Anabela Correia, de 56 anos. Também Carminda Carvalho, moradora há 50 anos naquela rua, se queixa dos insetos na sua habitação. "Todos os dias tenho de matar baratas e não vale de nada porque multiplicam-se", diz.
Depois de o
Correio da Manhã ter pedido esclarecimentos à Câmara Municipal de Lisboa sobre a situação, a autarquia deslocou-se ao local no início da semana e começou o processo de desinfestação.
Sobre a causa da praga, a Câmara informa que esta é "consequência de falta de limpeza no interior do fogo e da acumulação de lixo" por parte de um dos moradores que tem "problemas cognitivos" e está numa "situação social precária".