Arrancam esta sexta-feira as Festas Nicolinas, na cidade de Guimarães. Como já é tradição, o primeiro número oficial da celebração profana é o Pinheiro, uma festa carregada de barulho de bombos e com muita alegria noite dentro.
Aliás, o Pinheiro representa atualmente o mais participado momento nicolino, sendo igualmente o mais difundido por todo o País. As raízes do cortejo remontam já aos inícios do século XIX, mas o modelo mantém-se na sua essência: é escolhido o pinheiro "mais alto da região" e o mesmo segue enfeitado com lanternas, pousado em carros puxados por juntas de bois. Na liderança, vai a figura máxima do dia, um membro da Comissão de Festas, o Chefe de Bombos.
Num ritmo incessante, sempre a ‘bombar’, milhares de pessoas invadem as ruas, grande parte delas protegidas do frio depois de ‘Ceias Nicolinas’ devidamente regadas. O cortejo arranca sempre à meia-noite, saindo como antigamente do Terreiro do Cano ao lado do Campo de S. Mamede, vindo depois a terminar no Largo de S. Gualter, ao lado da Igreja de Santos Passos, onde se levanta o pinheiro em anúncio das festas.
As Festas Nicolinas incluem ainda as novenas - celebrações religiosas - , entre os dias 1 e 7 de dezembro, o Magusto, o Pregão (5 de dezembro), as Maçãzinhas e Danças de São Nicolau (dia 6), o Baile de dia 7 e as famosas Roubalheiras, um costume popular em que os participantes - antigamente, eram os alunos - se espalham sorrateiramente pela cidade, noite adentro, fazendo mudar de lugar as mais variadas coisas e desviando outras, aparecendo todas de manhã.
Os integrantes nas ‘Roubalheiras’ têm de estar devidamente credenciados pela Comissão de Festas, com respetivos cartões identificativos.