Há três anos que uma moradora de uma casa localizada ao lado de um restaurante, em Ferragudo, apresentou a primeira queixa, junto da Câmara de Lagoa, para acabar com o barulho provocado pelo exaustor ligado a uma chaminé do espaço de restauração.
Ao
CM, a mulher, de 67 anos, que preferiu não se identificar, explicou que esta situação está a afetar-lhe "a qualidade de vida e do marido, desde que o exaustor para a extração de fumos foi colocado".
Queixa-se ainda de uma nova esplanada do estabelecimento, que "fica ao lado das janelas do corredor que dá acesso aos quartos da habitação" , aumentando o ruído. "Da meia-–noite até cerca das duas da madrugada é um som insuportável", descreve.
Numa primeira fase, a mulher diz ter tentado dialogar com a proprietária do espaço mas a conversa não terá resolvido a situação. O casal que habita nesta casa desde o final da década de oitenta garante que há pelo menos mais dois vizinhos incomodados com o ruído provocado pela chaminé, mas não querem apresentar uma queixa.
A responsável do restaurante admite que foi alvo de duas fiscalizações e garante que "instalou um novo aparelho no exaustor para diminuir o barulho".
A responsável argumenta ainda que "a Câmara de Lagoa não impôs qualquer alteração ao espaço", e reforça que, para "a autarquia o nível de som do restaurante estava mesmo no limite máximo permitido".
Já a Câmara de Lagoa, ao
CM, referiu que a fiscalização de 2015 detetou níveis de ruído acima do permitido por lei. Foi notificada para fazer alterações. A autarquia disse ainda que, no final de junho, enviou uma segunda notificação à proprietária, que tem até outubro para fazer as alterações.
Nessa altura vai realizar-se um nova vistoria.