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Correio da Manhã

Portugal
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Detidas as duas mulheres que agrediram obstetra no Hospital São Francisco Xavier

Mulheres estão proibidas de frequentar o Hospital de São Francisco Xavier, com exceção de necessidade de algum ato médico.
Lusa e Sérgio A. Vitorino 7 de Outubro de 2022 às 14:17
Mulher de nacionalidade indiana morreu 
em São Francisco 
Xavier no dia 
27 de agosto
Mulher de nacionalidade indiana morreu 
em São Francisco 
Xavier no dia 
27 de agosto FOTO: ANTÓNIO COTRIM/lusa

As duas mulheres detidas por agressões a uma médica obstetra no Hospital São Francisco Xavier, a 26 de setembro, foram agora detidas pela PSP no cumprimento de mandado de detenção

Têm 18 e 38 anos, filha e mãe, e foram presentes a tribunal, ficaram obrigadas a apresentarem-se uma vez por mês na esquadra da PSP da área de residência e proibidas de: contactar com a vítima; e de frequentar o hospital de São Francisco Xavier a não ser por motivos médicos legítimos.

Tudo aconteceu porque a mais nova, grávida de 4 semanas, exigia que a médica lhe fizesse uma ecografia, o que esta recusou dado o pouco tempo de gravidez

Em 27 de setembro, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou a agressão a uma médica na urgência do Hospital de São Francisco Xavier.

A obstetra, que cumpria uma prestação de serviços na urgência do hospital, foi agredida e ficou de baixa no dia seguinte por não estar em condições de ir trabalhar, conforme referiu o SIM, que se solidarizou com a médica e a quem disponibilizou apoio jurídico.

Em março, a PSP anunciou que registou 961 situações de violência em hospitais e centros de saúde em 2021, mais 16% do que em 2020.

A PSP indicou também que cerca de 65% da violência registada é praticada por utentes, 21% pelos familiares ou acompanhantes dos doentes, 13% por profissionais de saúde e 1% por visitantes ou outras pessoas.

A comarca de Lisboa registou 23 inquéritos crimes contra profissionais de saúde em 2021, um crime que o Mistério Público tinha alertado em 2020 para a tendência acentuada de aumento.

Os profissionais da saúde que notificam mais casos de violência são os enfermeiros e os médicos e a maioria das situações são de violência verbal e física.

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