A PJ de Lisboa deteve o homicida de Francisco Gonçalves, um jovem de apenas 17 anos assassinado à facada, na madrugada da véspera de Natal de 2021, à porta da discoteca Barrio Latino, em Lisboa, apurou o CM.
Francisco Gonçalves – conhecido na zona de Xabregas, onde vivia, por ‘Chico Bala’ – e um grupo de amigos decidiram ir à discoteca Barrio Latino, em Santos. No interior, outro grupo envolveu-se em agressões com os amigos de Francisco e todos foram expulsos pelos seguranças. Segundo familiares, um dos agressores quis cobrar uma dívida antiga a um dos elementos do grupo de Francisco. O menor nada tinha a ver com o caso, mas foi perseguido "por quase 20 jovens" até ser golpeado. Ainda foi transportado ao Hospital de São José, mas não sobreviveu.
Um outro seu amigo, Gedson, de 18 anos, foi atingido e esteve em coma, mas sobreviveu.
O homicida é da zona de Algés, em Oeiras. Um outro suspeito, que agrediu Francisco antes deste ser morto, foi detido e constituído arguido por ofensas à integridade física.
Francisco era aluno do Colégio D. Maria Pia, da Casa Pia de Lisboa. Gostava de jogar futebol e já tinha atuado pelas camadas jovens de clubes como o Sacavenense e o Belenenses, segundo fontes próximas da família.
"Os factos ocorreram após o encerramento do estabelecimento, quando a vítima e um grupo de indivíduos, também portugueses, com idades compreendidas entre os 18 e os 20 anos de idade, se confrontaram já no exterior. Resultante destes confrontos, a vítima foi agredida fisicamente e atingida com um golpe de arma branca que lhe veio a provocar a morte", explica a PJ.
"As diligências entretanto efetuadas, desde o conhecimento da notícia do crime até à atualidade, permitiram a identificação dos diversos intervenientes nos confrontos físicos, tendo sido possível realizar importantes diligências de apreensão de suporte probatório – designadamente, através da execução de doze buscas domiciliárias – que culminaram com a detenção, fora de flagrante delito, de dois suspeitos fortemente indiciados pela prática dos crimes de homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada", prossegue o comunicado.
A PJ afirma ter contado com a colaboração da PSP de Loures. Os dois detidos vão hoje a tribunal.