O ministro assinalou os "momentos absolutamente extraordinários" em termos de combate aos incêndios, com enfoque nas atuais circunstâncias meteorológicas e ambientais em Portugal.
Segundo o governante, este "é um período novo e exigente", embora tenha reconhecido que no domínio das temperaturas "não é tão exigente como foi o período de julho". Quanto à questão da seca severa e extrema e do vento, José Luís Carneiro defendeu que "exige uma manutenção da capacidade operacional que exige a mobilização de mais meios".
Confrontado com a responsabilidade pela atual situação dos incêndios em Portugal, José Luís Carneiro vincou só poder responder pela sua pasta, notando que "há matérias que não são de competência da Administração Interna", mas reiterou que "todos os meios de que o Estado dispõe foram colocados desde a primeira hora ao dispor das comunidades locais".
"O país tem conseguido salvaguardar as vidas humanas e o património edificado -- apesar destas circunstâncias absolutamente excecionais. Todos têm dado o seu melhor, desde os bombeiros que estão no terreno a combater em circunstâncias muito difíceis, até às comunidades locais, aos autarcas e ao país, enquanto Estado, que coloca ao serviço das comunidades os meios que são de todos nós", resumiu.
Questionado sobre as críticas de autarcas, entre as quais sobressaiu a declaração de calamidade para os territórios afetados pelas chamas, José Luís Carneiro remeteu as respostas para uma reunião na segunda-feira.
"Está prevista uma reunião que será presidida pela ministra Mariana Vieira da Silva, em que estarão os ministério da Administração Interna, Agricultura, Coesão, do Ambiente e da Segurança Social para ouvir o que há a dizer por parte dos autarcas para que a resposta possa ser estruturada em função das necessidades mais emergentes e, depois, necessidades de médio e longo prazo, que têm também de ter uma atuação metodologicamente preparada por parte do governo", concluiu.
Em declarações aos jornalistas e após a reunião com a Proteção Civil, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou também o reforço no terreno com 25 patrulhas das Forças Armadas na vigilância.