O corpo de uma mulher, desmembrado e sem cabeça, encontrado em Mont-Saint-Martin, na comuna francesa de Meurthe-et-Moselle, a 19 de setembro, pertence a uma portuguesa que vivia no Luxemburgo. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Grão-Ducado. Terá sido identificada pelas tatuagens.
Até esta segunda-feira à noite não tinha sido divulgada oficialmente a identidade da vítima. Familiares e amigos de Diana Santos, uma mulher, de 40 anos, natural de Vila do Conde e emigrada no Luxemburgo, e que está desaparecida, acreditam que possa ser ela. João Pereira, ex-companheiro de Diana, confirmou ao
CM que foi reconhecer o corpo e informou a família: "Eu sabia que ela estava desaparecida e vi imagens das tatuagens nas notícias. Percebi que era ela e fui à polícia."
Ao
CM, o irmão de Diana, Vítor Santos diz que não foi informado da morte por nenhuma entidade. Diana Santos tem uma tatuagem com o nome ‘Kiko’ (o filho). A vítima tinha cicatrizes abaixo do peito, o que pode indiciar ter colocado implantes mamários. Segundo a autópsia do instituto forense de Nancy, as pernas foram cortadas ao nível dos joelhos. Não haveria ferimentos de bala ou de violência sexual.
O corpo foi descoberto por um jovem de 16 anos atrás de um edifício abandonado. O jovem alertou o dono de um bar, que chamou a polícia. O cadáver não estava em decomposição profunda e a ausência de sangue no local indica que terá sido desmembrado e decapitado noutro lugar.
De acordo a informação avançada pelo pai de Diana ao jornal "Contacto", a mulher trabalhou sempre em restauração, quer como empregada de mesa quer na cozinha.
Para além da ocupação profissional, o pai de Diana revela que a filha gostava de participar em
'karaoke'. "A última vez que estive com a Diana foi há dois anos, em Gaia, no 'karaoke'. Ela cantava muito bem. Divertia-se imenso a cantar, tinha esse bichinho e tinha uma voz extraordinária", revelou ao jornal "Contacto".