O conhecimento de uma língua estrangeira exercita o cérebro, fornecendo a estimulação mental necessária para evitar o declínio cognitivo, revela um novo estudo realizado pela HSE University em Moscovo e pela Northumbria University que foi agora publicado na conceituada revista de psicologia "Frontiers in Psychology".
O estudo consistiu em reunir um conjunto de 63 pessoas com idades superiores a 60 anos ,que falavam pelo menos dois idiomas, para realizarem um teste cognitivo chamado "Flanker Test".
Este é um teste projetado para pôr à prova o tempo de reação das pessoas e a capacidade de decifrar padrões rapidamente. Para além disso, foram também sujeitas a um questionário sobre o número de anos a que dominavam dois idiomas. Quem falava dois idiomas há mais tempo, obteve melhores resultados no teste, segundo o Daily Mail.
A investigação, que compila vários estudos já feitos, revela que pessoas bilingues, ou seja, que sabem mais que um idioma, são diagnosticadas com demência de cinco a sete anos mais tarde do que os que só falam um idioma.
O investigador responsável pelo estudo, Federico Gallo, acrescenta que "as descobertas sugerem que o bilinguismo pode ser uma das maneiras mais fortes de se proteger contra a doença".
Demência é um termo genérico, utilizado para designar um conjunto de doenças nas quais existe deterioração do desempenho cognitivo e comportamental, condicionando a autonomia. Estima-se que, em 2050, cerca de 351 mil pessoas terão demência em Portugal.