O relatório da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Ricardo Jorge, divulgado esta sexta-feira refere que as "pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte três a seis vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em dezembro".
"As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento duas a cinco vezes menor do que as pessoas não vacinadas", explica ainda o mesmo documento.
Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por Covid-19 para quase seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo.
A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados. Dado o rápido aumento de casos é expectável impacto na sociedade em termos de absentismo escolar e laboral e um aumento de pressão sobre o todo o sistema de saúde e na mortalidade. Neste sentido, as autoridades de saúde recomendam a manutenção das medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço
O relatório adianta ainda que o número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos em Portugal continental revelou uma tendência estável, correspondendo a 58% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
Houve um aumento do número de testes à Covid-19, em especial de testes rápidos de antigénio, realizados nos últimos sete dias.
A variante Ómicron é dominante em Portugal, tendo atingido uma proporção estimada máxima (~93%) entre os dias 7-9 de janeiro de 2022. Desde essa data, tem-se verificado um decréscimo da proporção de amostras positivas.